
Às Vezes os pais comparam um filho com o outro e concluem que o mais velho, na mesma idade, já falava, enquanto o menor não fala nada. Quando isso é motivo de grande preocupação os pais precisam de orientação.
A ansiedade paterna pode dificultar ainda mais o processo de aquisição da fala infantil, na medida em que passa para a criança a expectativa do que ela deveria estar fazendo. De que ela deveria fazer alguma coisa que ainda não consegue.
Veja os exemplos: muitas vezes a criança ainda não fala, mas mostra sinais de que a linguagem está se organizando dentro dela. Observe a maneira como ela brinca. Se não fala, mas pega uma boneca, coloca para dormir, tira da cama, troca a roupinha, finge que alimenta, dá banho. Apesar do silêncio, a linguagem está presente. É como se houvesse uma espécie de narrativa, evidenciada por eventos encadeados. Mas, se a criança não consegue estruturar uma brincadeira, pega um brinquedo e larga, pega outro, deixa de lado. Aí a ausência da fala é preocupante.
Outro fator importante é o efeito que a fala do outro provoca na criança. Se ela atende à fala de terceiros, geralmente não há motivos maiores para preocupação. O problema está quando ela reage como se nada do que ela ouvisse a tocasse, a interessasse. Nesse caso, o ideal é procurar um especialista para tentar um tratamento precocemente.
Fonte: Silvana Prado - ONG Apoiar.