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domingo, 11 de janeiro de 2009

Com Deus, todas as coisas são possíveis!

Chafic Jbeili

As pessoas de fé acreditam sempre que suas vidas irão melhorar, apesar dos pesares. Mas não há esperança que resista os maus agouros dos pessimistas de plantão.

É incrível como as situações de revezes afastam os amigos e atraem urubus e corvos ávidos por espalhar e perpetuar um pedacinho fugaz de má sorte aos quatro ventos, mas Grant aprendeu um antídoto eficaz, pois ele era uma dessas pessoas de fé, porém, sua fé era estática e jamais surtiria o mesmo efeito da fé dinâmica, até que foi inspirado a reconhecer isto e mudar sua própria sorte. Veja como foi:

A segunda feira parecia como outra qualquer para o técnico Grant. Ao chegar à escola, logo pela manhã, ele recebe a notícia de que seu melhor jogador havia passado para o time adversário. As coisas já não iam bem à equipe e isto parecia ser o golpe final na carreira do jovem treinador.

Ao final do expediente, depois de um dia daqueles, Grant volta pra casa e se depara com vários outros problemas cotidianos: A esposa carente de companhia; a pia da cozinha que não funciona; vazamento na tubulação do banheiro; o carro velho que não pega de primeira; contas atrasadas... Enfim, um monte de coisas pequenas que somadas fazem o corpo lançar mais cortisol e adrenalina do que o necessário, causando estresse, fadiga, desânimo e visitas recorrentes ao médico, além de franzir a testa, antecipar as rugas e provocar queda de cabelos, entre outros fenômenos psicossomáticos.

No dia seguinte, quando as coisas pareciam não ter como piorar, Grant recebe o resultado de seu check-up. O médico lhe diz, entre outras coisas, que deverá abandonar o sonho de ser pai, pois os exames acusaram esterilidade e ele não poderá ter filhos. Infeliz, Grant se isola e começa a questionar Deus. Tenta buscar forças e amenizar sua tristeza nos salmos 23 e 91. Acuado, se dirige a um lugar ermo no parque da cidade para tentar ouvir uma resposta de Deus. Pede direção, sabedoria e clama por uma solução. A quem mais recorrer, depois do médico, sacerdotes e terapeutas, quando se continua enxergar a vida em escala de cinza e a mais simples das tarefas continua parecendo algo impossível de se realizar?

Com o olhar perdido no silêncio do lugar e completamente perdido, Grant é surpreendido pelas palavras de um homem simples que se aproxima. Este lê uma das mais belas e reconfortantes passagens da Bíblia, mais especificamente no livro Apocalipse, Capítulo 3, Verso 8: “Conheço as tuas obras e eis que ponho diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar. Sei que suas forças são poucas [...]”. Impaciente, Grant interrompe o homem e pergunta: “Você acredita mesmo nisto que lê?”. Aquele desconhecido, então, responde com uma pequena história e devolve a pergunta:

- Dois fazendeiros oravam a Deus pedindo chuva para o próximo plantio, mas apenas um foi a campo preparar o terreno e semear a terra. Qual deles acreditou de verdade na própria oração? Qual dos dois acreditou que seria atendido por Deus em sua súplica? Aquele que orou e ficou esperando as coisas acontecerem sozinhas (fé estática) ou aquele que orou e foi logo preparando o terreno e semeou sua terra (fé dinâmica)? Qual dos dois é você, perguntou o homem enquanto ia embora...

A partir daquele momento, Grant teve uma série de insights e recobrou sua esperança trazendo à memória coisas que lhe davam esperanças. Decidiu mudar suas palavras e tomar atitudes. Pediu perdão a todos quantos lembrava ter ofendido nos últimos dias e perdoou outros tantos. Passou a agradecer pelas coisas simples da vida. Mal havia percebido que Deus falara com ele.

No trabalho, arregaçou as mangas e dirigiu o time como se fosse o primeiro dia de sua contratação como técnico. Escrevia bilhetinhos anônimos com frases otimistas e distribuía sorrisos. Buscou forças e determinação onde antes havia apenas mal pensamentos.

Desta forma, os corvos e urubus ficaram sem a ração do azar e foram embora. Os amigos voltaram envergonhados e novas amizades foram sendo construídas. O sucesso retornava pouco a pouco na vida de Grant e ele recobrava a confiança e admiração que haviam sido temporariamente ofuscadas.

Os acertos aumentavam gradativamente e todos os dias quando chegava para trabalhar ele encontrava um bilhetinho com frases motivacionais em sua mesa, entre estes um que dizia: “A frase NÃO TEMAS é repetida 365 vezes na Bíblia, uma para cada dia do ano. A cada amanhecer Deus lhe diz: NÃO TEMAS, POIS EU SOU CONTIGO!”.

O clima organizacional entre a equipe melhorou significativamente e, consequentemente, a produtividade aumentou também. Cada jogador passou a se dedicar mais aos treinos e obviamente o time acumulava vitórias. Não demorou muito para Grant receber aumento salarial e o merecido reconhecimento, tendo encontrado o antídoto para a superação dos momentos ruins de sua vida. Ele descobriu e optou pela fé dinâmica, decidindo colocá-la em prática. Este foi o segredo de seu sucesso.

Não é que as coisas pararam de dar errado, pois nem tudo dá certo o tempo todo, mas Grant resolveu criar o seu próprio milagre quando escolheu ser o camponês que foi preparar o terreno logo após ter orado a Deus pedindo o que queria. Ele tomou uma atitude concreta, com juízo, bom senso e discernimento. Conseguiu fazer a diferença em sua vida e na vida de muitas pessoas, transformando sua fé em ação, transformando-a de estática em dinâmica.

Moral da história: É comum quando tudo parece dar errado ficar mais tenso e irritado; perder a paciência com as pessoas mais próximas. As reações tendem a ficar desproporcionais aos estímulos. Sem querer descontam-se as frustrações do dia a dia em quem não tem nada a ver com a história e uma simples caneta que não escreve é suficiente para provocar uma bela baforada e reclamar da sorte, da vida e pensar desistir de tudo.

Quando algo dá errado parece que tudo tende a dar errado também. Neste momento muitas pessoas escolhem parar de fazer as coisas para evitar ainda mais insucesso e assim fugir do azar. Desta forma, o medo se instala e os defeitos ficam mais evidentes, fazendo-as se sentirem como peso morto, um zero à esquerda, um fracassado. Então, é natural perder o rumo e esquecer as proezas já realizadas em épocas passadas. A sensação é de que não se sabe mais o que fazer, embora continua-se acreditar em Deus e manter a fé (estática). Nestas circunstâncias não se resiste buscar um culpado, seja ele divino ou humano. Que agonia!!! Ainda bem que tem solução, ufa!!!

É bem verdade que para algumas pessoas a vida é ou parece ser bem mais difícil do que para outras. Enquanto uns granjeiam o pão com o suor do rosto, outros o recebem enquanto dormem. Assim como Grant, descobri que o segredo do sucesso é tomar uma atitude concreta e dar o melhor de si naquilo que se propõe fazer e deixar os resultados por conta de Deus. Afinal, creio eu, milagre é o resultado da fé em ação, o que chamei neste texto de fé dinâmica.

Abstraí com a lição de Grant que não devemos deixar os revezes e o medo esmorecerem nossa fé estática, mas transformá-la em fé dinâmica. Ao insistir com Deus em algo que se quer ou precisa, deve-se ir logo preparando o terreno, pois com Deus todas as coisas bem discernidas serão possíveis! E você, qual dos dois camponeses você tem sido?

*Este texto é uma síntese inspirada e modificada pelo prof. Chafic Jbeili a partir do filme “Desafio de Gigantes”.

Caminhos para aprendizagem

Chafic Jbeili – www.chafic.com.br

Porque algumas pessoas aprendem mais rápido do que outras? Porque algumas pessoas demonstram mais aptidão para aprendizagem? Será que existe uma ponte entre as dificuldades e as facilidades da aprendizagem? Será que há um caminho que pode ser trilhado por todos para alcançar o sucesso escolar ou acadêmico? Eu digo que sim!

Em primeiro lugar é preciso desvencilhar-se da péssima tendência da comparação com o outro. A única comparação viável e aconselhável é com a própria pessoa em diferentes fases. Não se deve comparar Joãozinho com o Zezinho, mas o Joãozinho com ele mesmo e o Zezinho com ele mesmo. Aquela brincadeira do antes e depois em relação a si mesmo é muito bem vinda nesse caso, desde que haja disposição para avaliar construtivamente as causas que modificaram um estado anterior para um estado atual. A comparação de qualquer natureza entre pessoas é uma tormenta tão perversa quanto imagino deva ser a própria condição do inferno.

Em segundo lugar é preciso observar as limitações irreversíveis que cada pessoa possui, entre elas, dificuldades ou debilidades nos órgãos do sentido que impedem a aprendizagem. Quanto às limitações variáveis, estas podem ser trabalhadas e as potencialidades ampliadas como é o caso da atenção e da memória, componentes essenciais para a compreensão e retenção de conteúdos essenciais ao aprender.

Em terceiro lugar é preciso compreender que o corpo é como uma máquina e precisa de combustível para funcionar. O combustível do corpo é o alimento. Alimentos ricos em fósforo, potássio, cálcio favorecem o funcionamento do cérebro e, por conseguinte a disposição para a aprendizagem.

Crianças mal alimentadas e desnutridas dificilmente terão atenção e memória suficientes para compreender e reter qualquer conteúdo. O pouco do nutriente que lhe está disponível no corpo é para manter as funções primárias (coração, respiração etc) em funcionamento e, às vezes, mal consegue mantê-la em pé.

Nota-se a disposição debilitada de crianças que já acordam cansadas e que pedem colo o tempo todo. Mal conseguem correr 20 metros e já estão exauridas. Não há energia sobrando para suprir de forma significativa as funções secundárias, tais como atenção e memória, por exemplo. Como poderão investir energia em aprendizagem? Antes de lecionar qualquer conteúdo verifique se a pessoa está alimentada e descansada.

Em quarto lugar destaco o estado emocional. Crianças que vivem em ambientes com clima de medo e tensão possuem maior quantidade de adrenalina e cortisol no organismo. A adrenalina acelera o metabolismo do corpo para elevar a freqüência cardíaca e aumentar o fluxo sanguíneo nos músculos e, assim, deixar a pessoa preparada para fuga ou defesa. Esse processo gasta enorme quantidade de glicose e oxigênio, sendo que o cérebro desprovido destes dois componentes perde sua condição de consciência e racionalidade, operando por impulso e mantendo apenas o controle das funções primárias. Como poderão dispor de atenção concentrada na atividade de aprendizagem?

Antes de lecionar qualquer conteúdo, faça algum exercício de respiração com o aprendente e proceda alguma dinâmica de relaxação para que o cérebro retome seu estado de consciência e racionalidade. Em quinto lugar, estando a criança alimentada e relaxada, utilize do lúdico para lecionar qualquer conteúdo, pois o componente emocional no processo ensino-aprendizagem é essencial para fixação de conteúdos significativos. Mesmo considerando as eventuais limitações que cada pessoa possui, aprenderá melhor e mais rápido aquele que estiver bem alimentado, com suas necessidades básicas saciadas, com baixos níveis de adrenalina e cortisol no organismo e que tenha a oportunidade de aprender brincando e brincar aprendendo. Para aprender a pessoa precisa estar adequadamente alimentada, descansada, sem excesso de cortisol no organismo, sem excesso de adrenalina, protegida para errar à vontade e estimulada a manipular o conteúdo proposto de forma lúdica e divertida.

Para selar esse processo com parafina real e formar um ciclo vicioso produtivo ofereça reforço positivo ao comportamento esperado, elogiando os resultados (por mínimo que seja) e valorizando cada pequena conquista com demonstrações de afeto, carinho, reconhecimento e amor, muito amor! Estes são os caminhos para aprendizagem e não há quem resista, ainda que haja limites e limitações nas pessoas ou no fascinante processo ensino-aprendizagem.

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